Resultados dos 9M20 da EDPR: resultados líquidos atingem os €319 milhões
A estratégia da EDPR está bem encaminhada com 86% da meta de 7 GW para o período 19-22 já alcançada;
Os lucros situam-se nos €1259 milhões ao passo que o EBITDA chegou aos €1074 milhões;
A EDPR forneceu 20,4 TWh de energia limpa, evitando 13 milhões de toneladas de emissões de CO2.
Madrid, 29 de outubro de 2020: A EDP Renováveis (Euronext: EDPR), líder mundial no sector das energias renováveis, e uma das maiores produtoras de energia eólica do mundo, anunciou hoje os resultados dos primeiros nove meses de 2020.
À data de hoje, a empresa gere um portefólio de ativos operacionais de 11,5 GW, dos quais 11 GW estão totalmente consolidados e 560 MW o estão pelo método de equivalência patrimonial (Espanha, EUA e Offshore). No período 9M20, a EDPR gerou 875 MW, incluindo uma participação de 50% num portefólio solar de 278 MW nos Estados Unidos. Nesse período, e seguindo a sua estratégia de sell-down, a EDPR concluiu com êxito a alienação integral da sua participação no parque eólico Babilónia com 137 MW e desmantelou 18 MW em Espanha para reabilitação. No cômputo geral, à data de setembro de 2020, a variação líquida do portefólio consolidado interanual da EDPR era +712 MW.
No final do terceiro trimestre, a empresa detém 2,2 GW de nova capacidade em construção. Segmentado por tecnologia, 1693 MW corresponde ao onshore, 200 MW ao solar fotovoltaico e 269 MW a participações de capital em projetos offshore.
Entre janeiro e setembro, a EDPR produziu 20,4 TWh de energia limpa (-7% interanual), evitando assim de 13 milhões de toneladas de emissões de CO2. Esta evolução interanual vem acompanhada de uma capacidade instalada inferior, no seguimento da estratégia de sell-down da EDPR: 997 MW de ativos na Europa (-1,2TWh interanual) no terceiro trimestre de 2019; e 137 MW no Brasil (-500 GWh interanual) no primeiro trimestre de 2020.
A estratégia da EDPR está bem encaminhada com 86% da meta de capacidade pretendida de 7 GW para o período 19-22 já atingida (+0,7 GW até à data), com a criação da JV Ocean Winds com 5,4 GW de energia eólica offshore e projetos em diferentes fases de desenvolvimento. Para além disso, se for concluída com sucesso, a aquisição da espanhola Viesgo adiciona 0,5 GW de capacidade ao portfólio eólico da EDPR que conta agora com projetos reservados na ordem dos 6,5 GW desde setembro de 2020.
Rui Teixeira, CEO interino da EDP Renováveis, afirma: Do ponto de vista comercial, estamos muito satisfeitos pelos progressos da EDPR já alcançados este ano. A execução do nosso plano está a seguir o seu curso, construindo com êxito um portefólio de contratos futuros que irá garantir mais de 86% das nossas metas para 2022, criando valor e reforçando o nosso capital através de alienações estratégicas, em busca da excelência na operação dos nossos parques eólicos e centrais solares.
Em jeito de comentário sobre os efeitos da pandemia na atividade da empresa, Rui Teixeira afirmou: Durante a crise da COVID-19, a EDPR está absolutamente focada na segurança dos seus ativos, assegurando o cumprimento das suas obrigações no fornecimento de energia aos seus clientes e irá continuar a demonstrar que construiu um modelo de negócios sólido, com crescimento sustentável, que sustentará tanto a transição energética como a recuperação económica nos seus diferentes mercados.
Resultados operacionais
A EDPR registou lucros totais de €1259 milhões nos primeiros nove meses de 2020, em que o impacto da capacidade em MW (-€73m interanual; incluindo transações de sell-down), recursos eólicos (-€58m interanual), conversão em moeda estrangeira, entre outros, (-€4m interanual) não foi compensado pelo aumento dos preços de venda (+€29m interanual excluindo sell-downs).
As restantes receitas de exploração situam-se nos €259m (-€17m face ao 9M19) com a evolução interanual a refletir os ganhos (+€200m) relacionados com as transações offshore, designadamente as participações já alienadas à JV offshore com a Engie (à data de setembro de 2020, todos os ativos da EDPR tinham sido transferidos nos termos do acordo assinado em janeiro de 2020).
O EBITDA reportado totalizou €1074m (-12% interanual) e o EBIT atingiu os €643m (vs €786m em 9M19) com as transações de sell-down a terem um impacto positivo de -€17m no D&A e parcialmente compensadas com a nova capacidade. Os encargos financeiros líquidos diminuíram para €217m (-€63m face a 9M19) com a comparação interanual a ser afetada pelo custo médio inferior da dívida no mesmo período (3,5% face a 4,0% em 9M19).
Os resultados líquidos totalizaram €319m (-7% interanual) principalmente motivados por um EBITDA inferior. No período em apreço, os interesses não controlados situaram-se nos €92m, diminuindo €21m interanual em resultado dos ativos vendidos.
Em setembro de 2020, a dívida líquida totalizou €3240m (+€437m face a dezembro de 2019), refletindo, por um lado, os ingressos gerados pelos ativos e, por outro, os investimentos feitos nesse período e a conversão em moeda estrangeira. As despesas com parcerias institucionais atingiram os €1238m (-€49m face a dezembro de 2019), refletindo os benefícios captados pelos projetos e parceiros de tax equity juntamente com um novo financiamento de capital próprio institucional no período (flat face a dezembro de 2019 em USD).