A segunda plataforma do projeto WindFloat Atlantic parte do porto de Ferrol

Segunda-feira 30, Dezembro 2019

Esta operação dá seguimento à instalação bem sucedida da primeira plataforma realizada em outubro e irá percorrer o mesmo trajeto entre a localidade galega e a sua localização definitiva a 20 km da costa de Portugal.

O Windplus é um consórcio formado pela EDP RENOVÁVEIS, ENGIE, REPSOL e PRINCIPLE POWER.

Lisboa, 30 de dezembro de 2019: o WindFloat Atlantic dá outro passo importante para o arranque das operações. A segunda das três plataformas que constituem o projeto partiu ontem do porto de Ferrol até ao seu destino definitivo, a 20 km da costa de Viana do Castelo em Portugal. 

À chegada ao local do projeto, será instalada junto à primeira plataforma flutuante, idêntica em dimensões com 30 m de altura cada e uma distância de 50 m entre cada coluna. A terceira e última plataforma, assim que chegar ao local, irá concluir o primeiro parque eólico flutuante da Europa continental.

O transporte das três estruturas flutuantes WindFloat Atlantic que compõem o WindFloat Atlantic constitui um feito em si mesmo, dado que evita a necessidade de contar com um navio rebocador especializado e facilita a sua replicação em outras geografias. 

A estrutura que partiu do porto exterior de Ferrol é composta pela plataforma flutuante e pela maior turbina alguma vez instalada numa estrutura flutuante. Assim que estiver operacional, o parque contará com uma capacidade total instalada de 25 MW, o equivalente à energia consumida por 60 000 utilizadores durante um ano.


Acerca do WindFloat Atlantic

O projeto é liderado pelo consórcio Windplus, constituído pela EDP Renováveis (54,4%), Engie (25%), Repsol (19,4%) e Principle Power Inc. (1,2%). O parque é composto por três turbinas eólicas assentes em plataformas flutuantes ancoradas ao fundo do mar apenas com correntes a 100 metros de profundidade. Inclui ainda tecnologia de ponta que minimiza o impacto ambiental e facilita o acesso a recursos eólicos inexplorados em águas profundas. Esta tecnologia tem vantagens mais vastas que aumentam a sua acessibilidade e a relação custo-eficácia, incluindo a aptidão para montagem em doca seca e reboque sem necessidade de rebocadores especializados, ou as vantagens de não ter de depender de operações offshore complexas associadas à instalação das estruturas tradicionais de base fixa.
 
as unidades WindFloat Atlantic também podem acomodar as maiores turbinas eólicas instaladas numa estrutura flutuante no mundo com quase 8,4 MW cada, ajudando a aumentar a produção de energia e a impor reduções significativas nos custos de ciclo de vida.

As plataformas foram construídas em cooperação entre os dois países da Península Ibérica: duas das plataformas foram fabricadas nos estaleiros de Setúbal (Portugal) e a terceira nos estaleiros de Avilés e Ferrol (Espanha). O projeto usa tecnologia WindFloat inovadora que permite que as plataformas eólicas sejam instaladas em águas profundas, inacessíveis até à data, onde os recursos eólicos abundantes podem ser aproveitados. 

Esta iniciativa teve o apoio de instituições públicas e privadas, incentivando as empresas que são líderes nos seus respetivos mercados a participar no projeto, com o apoio financeiro do Governo de Portugal, da Comissão Europeia e do Banco Europeu de Investimento. 

O projeto WindFloat Atlantic vem na esteira do sucesso do protótipo WindFloat1 que esteve em funcionamento de 2011 a 2016. O protótipo de 2 MW produziu energia ininterruptamente ao longo de cinco anos com sucesso, sobrevivendo completamento ileso a condições climatéricas extremas, incluindo ondas de até 17 metros de altura e ventos de 60 nós.

Os parceiros que possibilitaram este projeto são a Principle Power, a joint venture entre a Navantia/Windar, o Grupo A. Silva Matos, Bourbon, o fornecedor de turbinas eólicas Vestas MHI e o fornecedor de cabos dinâmico, a JDR.