Solar PV in Germany

EDP Renováveis fecha com Lhyfe o primeiro contrato de longo prazo na Alemanha

Quarta-feira 24, Janeiro 2024
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  • Contrato de Aquisição de Energia fechado com a Lhyfe foi assinado através da Kronos Solar EDPR e é o primeiro assegurado pela EDP Renováveis na Alemanha. 
  • EDPR pretende operar cerca de 500 MW de capacidade solar até 2026 no país.

A EDP Renováveis (EDPR) fechou um contrato de longo prazo para a venda de energia (Power Purchase Agreement, ou PPA, na sigla em inglês) com a Lhyfe, um produtor e fornecedor de hidrogénio verde para os sectores da indústria e da mobilidade.

O acordo, assinado através da Kronos Solar EDPR, é um marco importante pois representa o primeiro PPA assinado na Alemanha para o fornecimento de energia renovável, um mercado onde a empresa entrou em 2022.

Este PPA é também o primeiro contrato assinado com uma empresa de hidrogénio e a primeira materialização do acordo industrial entre as duas empresas. A EDPR fornecerá energia renovável para os futuros locais de produção de hidrogénio verde da Lhyfe na região, que será utilizado para servir o setor da mobilidade e descarbonizar processos industriais.

Durante 15 anos, a Kronos Solar EDPR fornecerá à Lhyfe energia renovável a partir de um projeto solar com uma capacidade de 55 MWp (39 MWac) e que deverá estar ligado à rede durante 2025. Localizada em Meuselwitz, no nordeste da Alemanha, esta central solar fotovoltaica produzirá 58 GWh de energia limpa por ano, o suficiente para alimentar o equivalente a 18 000 habitações na região.

Ao assinar mais um contrato de longo prazo com um grande cliente, a EDPR reafirma a sua estratégia de desenvolver PPA com grandes empresas, tendo atualmente já assegurado mais de 55% do objetivo de novos PPA entre 2023 e 2026.

A Lhyfe está a construir duas unidades de produção de hidrogénio, em Baden-Württemberg e na Baixa Saxónia, que representam uma capacidade de produção total máxima de 8 toneladas por dia de hidrogénio verde e renovável. Este hidrogénio será fornecido localmente para utilizações relacionadas com a mobilidade e os processos industriais.

"A assinatura deste acordo de longo prazo com a Lhyfe é uma oportunidade importante para a EDPR, uma vez que reforça o nosso compromisso de aumentar a penetração das energias renováveis na Europa, especialmente num mercado que tem a ambição de atingir objectivos fotovoltaicos significativos até ao final desta década. Estamos satisfeitos por podermos, através da Kronos Solar EDPR, contribuir para estes objectivos através da parceria com a Lhyfe, cuja atividade complementa o nosso objetivo de redução das emissões de CO2", salienta Duarte Bello, Chief Operating Officer da EDP Renováveis para a Europa.

"Graças a este acordo, estamos a garantir de forma local e a longo prazo o nosso abastecimento de eletricidade renovável. A quase totalidade da produção do parque eólico da central solar fotovoltaica da EDPR será utilizada para alimentar os nossos locais de produção de hidrogénio verde e renovável, contribuindo para a descarbonização da mobilidade e da indústria que utilizam atualmente combustíveis fósseis ou hidrogénio derivado do carbono. Continuamos também a reforçar a nossa relação estratégica com a EDPR, com quem estamos extremamente satisfeitos por colaborar na indústria do H2", salienta Matthieu Guesné, CEO e fundador da Lhyfe   

Este acordo segue-se a outra parceria assinada entre a Lhyfe e a EDP Renováveis em 2022, na qual foi acordado que a EDPR fornecerá eletricidade renovável aos projetos de geração de hidrogénio da Lhyfe e ambas as empresas identificarão oportunidades para o co-desenvolvimento de projetos para descarbonizar setores onde a eletrificação não é viável.

A EDPR entrou na Alemanha em 2022 através da aquisição da Kronos Solar EDPR e tem atualmente um pipeline de mais de 8 GWp em projetos solares de larga escala em diferentes estados de desenvolvimento, incluindo projectos agri-PV. Embora o negócio da EDPR na Alemanha esteja focado na tecnologia solar, a empresa tem a ambição de desenvolver projectos eólicos no país até ao final da década.