Corbera

Resultados do 1.º semestre de 2020 da EDP Renováveis: Resultados líquidos de €255m com a empresa a prosseguir de forma bem sucedida com a execução do seu Plano de Negócios

Quinta-feira 03, Setembro 2020

Durante o primeiro semestre de 2020, o portefólio de ativos operacionais da EDPR era de 11,4 GW repartidos por 11 países, para além dos 2,3 GW em construção.

A receitas chegaram aos €913m (-9% interanual) incluindo alienações.

O EBITDA chegou aos €793m (-18% interanual).

Madrid, 3 de setembro de 2020:A EDP Renováveis (Euronext: EDPR), líder mundial no sector das energias renováveis, e uma das maiores produtoras de energia eólica do mundo, anunciou hoje que, a 30 de junho, a empresa geria uma carteira de ativos em operação com 11,4 GW, com uma média de idade de 9 anos, repartidos por 11 países diferentes, dos quais 10,9 GW estavam totalmente consolidados e 550 MW o estavam pelo método de equivalência patrimonial (Espanha e EUA). Nos últimos 12 meses, a empresa criou no total 986 MW, incluindo uma participação de 50% num portefólio solar de 278 MW nos Estados Unidos. Durante esse período, a EDPR levou a cabo com êxito sell-downs no valor de 1,3 GW e desmantelou 18 MW em Espanha para reabilitação. No geral, em junho de 2020, a variação líquida do portefólio consolidado interanual da EDPR era negativa em 326 MW.

Nesse período, e seguindo a sua estratégia de sell-down, a EDPR concluiu com êxito a alienação integral da sua participação no parque eólico Babilónia com 137 MW no Brasil, tal como foi anunciado em julho de 2019. Em junho de 2020, a EDPR tinha 2,3 GW de capacidade nova em construção, dos quais 1800 MW estavam relacionados com energia eólica onshore, 200 MW com solar fotovoltaico e 330 MW com participações de capital em projetos offshore.
Entre janeiro e junho de 2020, a EDPR produziu ainda 14,7 TWh de eletricidade limpa (-9% interanual), evitando a libertação de 10 milhões de toneladas de emissões de CO2. Esta evolução interanual vem acompanhada de uma capacidade instalada inferior interanual, no seguimento da estratégia de sell-down da EDPR (3.º trimestre 2019: 997 MW de ativos na Europa (-1.2 TWh interanual): 1trimestre 2020 137 MW no Brasil (-287 GWh interanual)).

Rui Teixeira, CEO interino da EDP Renováveis, afirmou: «Estes resultados refletem bases sólidas e a implementação do plano estratégico está adiantada, quer em termos de metas de capacidade global, quer em alienações. Somos hoje uma empresa pujante, que consegue enfrentar os desafios que o mercado nos apresenta».

No tocante aos resultados financeiros, as receitas diminuíram para os €913m (-9% interanual), em que o impacto da capacidade em MW (-€79m interanual) incluindo transações de sell-down) e recursos eólicos (-€52m interanual) não foi compensado pelo aumento dos preços de venda (+€22m interanual) juntamente com o impacto positivo da conversão em moeda estrangeira (+€16m interanual).

As restantes receitas de exploração cifraram-se nos €194m (-€59m face ao 1.º semestre de 2019) com a evolução interanual a refletir os ganhos (+€219m) relacionados com o sell-down de uma carteira de 997 MW (491 MW líquidos para a EDPR) no 1.º semestre de 2019 juntamente com €145m de ganhos de capital contabilizados no 1.º semestre de 2019 relacionados com transações offshore, designadamente as participações já alienadas à JV offshore com a Engie (a aguardar venda à Windplus (PT) e Mayflower (US) nos termos do acordo assinado em janeiro de 2020).

Os custos de exploração (Opex) totalizaram €309 (+4% interanual). Em termos comparativos, ajustados pelas alienações (sell-down), custos offshore (cross-charged aos SPVs dos projetos), taxas de serviço, one-offs e FX, o Core Opex por MW médio foi de +3% interanual dados os custos iniciais para suportar o crescimento esperado para os próximos anos.

Em resultado disso, o EBITDA totalizou €793m (-18% interanual) e o EBIT atingiu os €501m (face aos €671 milhões no 1.º semestre de 2019) com as transações de sell-down a terem um impacto positivo de -€16,7m no D&A e parcialmente compensadas com a nova capacidade. Os encargos financeiros líquidos diminuíram para €164m (-€25m face ao 1.º semestre de 2019) com a comparação interanual a ser afetada pelo custo médio inferior da dívida no mesmo período.

Ao nível do «bottom line», os resultados líquidos totalizaram €255m (-26% interanual) principalmente motivados por um EBITDA inferior. No período em apreço, os interesses que não controlam situaram-se nos €76m, diminuindo €14m interanual em resultado dos ativos vendidos.

Em junho de 2020, a dívida líquida totalizou €3027m (+€224m face a dezembro de 2019), refletindo, por um lado, os ingressos gerados pelos ativos e, por outro, os investimentos feitos nesse período e a conversão em moeda estrangeira. As despesas com parcerias institucionais atingiram os €1376m (+€89m face a dezembro de 2019), refletindo os benefícios captados pelos projetos e parceiros de «tax equity» juntamente com um novo financiamento de capital próprio institucional no período.

À data, a Empresa continua a implementar o Plano de Negócios: desde o fecho do período em apreço, a EDPR concluiu a alienação de duas carteiras de ativos no valor de praticamente mil milhões de euros. O primeiro, anunciado em julho, é um parque eólico em terra em Espanha com uma capacidade de produção de 242 MW. O segundo, revelado em setembro, consiste numa participação de 80% em ativos de energia eólica e solar situados nos EUA com uma capacidade de produção de 563 MW. Com estes acordos, a EDPR concluiu a alienação de mais de 55% dos 4 mil milhões de euros programados para o período de 2019-2022.

Mais ainda, a empresa continua a fazer progressos com a assinatura de acordos de compra e venda de eletricidade; depois do PPA e CfD anunciados no segundo trimestre de 2020 (o último é um projeto de energia solar nos EUA com uma capacidade de produção de 100 MW) a EDPR já contratou 83% da meta de 7,0 GW de capacidade elétrica e eólica em todo o mundo para o período de 2019-2022.